Alemão de 85 anos disputa etapa de São Paulo do Circuito Caixa


A etapa de São Paulo do Circuito de Corridas Caixa 2011, disputada nesse domingo (02/10), atraiu em torno de duas mil pessoas para correr os dez ou cinco quilômetros pela Avenida Pacaembu e Elevado Costa e Silva. Além dos atletas de elite que lutaram pela premiação e pelos pontos no ranking nacional de corridas de rua, o Ranking Caixa/CBAt 2011, a etapa teve a participação de corredores amadores de diferentes perfis, como o alemão Walter Sommerfeld, de 85 anos. No Brasil há 60 anos, Walter diz que corre desde os 15 e elogia o percurso. “O trajeto é maravilhoso, sempre corro aqui. É ótimo”, conta o veterano. Apesar de feliz por ter completado a prova de cinco quilômetros, um detalhe na organização o deixou insatisfeito. “A prova foi muito bacana, mas o guarda-volumes é o fim do mundo! Fiquei uma hora na fila e algumas pessoas ainda ficaram lá por um bom tempo quando saí”, explica o alemão, sobre o processo de retirada dos pertences dos corredores ao final do evento. Edinalva da Silva Nunes, que correu os dez quilômetros, também dá sua opinião sobre a aglomeração no guarda-volumes. “Nós, os atletas, também somos culpados. Se todos fizessem fila em vez de tumultuar não seria essa bagunça”, esclarece a fundista, que ficou entre as três primeiras em 24 das 25 etapas do Circuito Popular de Corridas de Rua da Cidade de São Paulo em 2011. “Treino todos os dias, menos de sábado”, justifica a corredora, primeira em sua categoria (45-49) na prova da Caixa, com o tempo de 40min54. “Em seis meses e meio só não competi em um domingo”, diz a atleta, que corre há 16 anos. Um corredor que também chamou atenção foi Clemente Medeiros. Fantasiado de palhaço, com peruca rosa, óculos extravagantes, macacão de bolinhas com duas bolas de plástico nas costas, meiões coloridos, tênis trocados e com uma buzina nas mãos, Clemente brincava com os corredores e equipes de apoio por onde passava. “Há sete anos faço isso, é muito gostoso. Interajo com público e atletas, contagio todos e eles me incentivam da mesma forma”, afirma o palhaço. Segundo ele, a fantasia não atrapalha seu rendimento. “Já me adaptei, não afeta em nada”, diz, antes de ouvir um galanteio brincalhão de outro corredor. “Tá vendo? É isso que me motiva”, finaliza Clemente.

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