Atletismo e tecnologia andam juntos pela história

Considerada a modalidade mais antiga do mundo, o atletismo é um exemplo claro de como a tecnologia atua no esporte. Se antes os atletas corriam descalços, usavam roupas inadequadas e os árbitros ficavam na dúvida sobre quem ganhou uma disputa, quando os corredores das provas de velocidade chegavam quase ao mesmo tempo, as inovações em materiais esportivos e em equipamentos capazes de registrar o exato momento da conclusão de uma corrida, evidenciam que houve um desenvolvimento concatenado do atletismo e da tecnologia.

O Jones Counter, aparelho utilizado para medir o percurso de corridas de rua, o anemômetro, instrumento para medir a velocidade do vento, além da cronometragem eletrônica são alguns dos equipamentos tecnológicos que fazem parte das competições de atletismo. Com esse avanço, os atletas também cresceram. Isso pode ser comprovado através da evolução dos recordes mundiais.

Na maratona, por exemplo, o primeiro a vencer a prova nos Jogos Olímpicos, em 1896, na Grécia, foi o grego Spiridon Louis, que completou os 40 quilômetros com 2h58min50. Já este ano, nas Olimpíadas de Pequim, o queniano Samuel Kamau Wansiru terminou a prova com 2h06min32s, quebrando um recorde olímpico que durava 24 anos. Uma melhoria de quase 1h em 112 anos.

Terça-feira
04.11.2008

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Por Hildo Neto

A atleta pernambucana Cisiane Dutra Lopes, de 25 anos, fez, nessa segunda-feira (3), um balanço positivo da temporada, apesar de não ter alcançado, por 14 segundos, o principal objetivo: ir para Jogos Olímpicos de Pequim, disputado em agosto na China. Segunda colocada do ano no ranking da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), na marcha atlética 20 km, ela destaca a melhora de quase 10 minutos no seu recorde pessoal como sendo a principal conquista do ano. “Foi o melhor ano da minha vida. Consegui um avanço muito grande do ano passado para cá. Isso mostra que ainda posso crescer mais”, afirmou Cisiane. “Fico triste por ter chegado tão perto das Olimpíadas e não ter ido, mas serve de estímulo para continuar batalhando”, completou a marchadora, que planeja disputar os Jogos Olímpicos de Londres, em 2012. Para isso, a pernambucana garantiu que não vai medir esforços. “Vou treinar muito para realizar o sonho de estar lá (em Londres)”.
Cisiane, que tem no currículo a participação nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, no ano passado, apontou a Copa do Mundo de Marcha Atlética, disputada na Rússia, em março, como sendo o grande momento da temporada. Lá, a pernambucana fez o melhor tempo da carreira, com 1h33min44. “Tudo deu certo nesse dia. A prova foi excelente”, analisou. A melhor marca da marchadora era de 1h42min20. Depois de cinco semanas só treinando Cisiane já tem data para voltar a competir. A marchadora disputará os 10 km da Corrida do Carteiro, seletiva pernambucana para a São Silvestre, no próximo dia 16. “Não é a minha especialidade. Vou só para me divertir e aliviar um pouco os treinamentos”, finalizou a atleta, especialista na marcha atlética 20 km.

Sexta-feira
31.10.2008

Por Hildo Neto

O pernambucano Ubiratan José dos Santos e a alagona Marily dos Santos não tiveram dificuldades para vencer, ontem à tarde, no Recife, a 34ª Corrida Duque de Caxias. Com 28min38, o fundista do Estado completou os 10 km da prova, com 54 segundos de vantagem para o segundo colocado, o garanhuense Josueldo Francisco. Em terceiro, chegou o alagoano Cristóvão da Silva Balbino (29min54). No feminino, a única atleta brasileira a participar da prova da maratona nos Jogos Olímpicos de Pequim, Marily, venceu com uma facilidade ainda maior. A alagoana ganhou com 35min07.

A segunda colocada, a paulista Conceição Oliveira, chegou apenas 1min3 depois. A pernambucana Maria de Souza completou o pódio, com 36min21. Promovida pelo Exército Brasileiro, a Duque de Caxias distribuiu cerca de R$ 24 mil em premiação para os primeiros colocados. “Não existe prova fácil. Fiquei observando os adversários no início da corrida. A partir da metade, aumentei o ritmo e consegui vencer”, disse Ubiratan, logo após a prova. O pernambucano é o segundo colocado nos 5 mil e 10 mil metros do ranking da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt). Marily manteve o mesmo discurso do pernambucano. “A prova foi difícil. Comecei a liderar entre o 2º e o 3º quilômetro, mas as meninas estavam fortes atrás”, afirmou a alagoana. A 34ª Duque de Caxias contou com a participação de cerca de 1,4 mil corredores. A largada foi na Praça de Boa Viagem e a chegada no Marco Zero.

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